“A repressão civil militar em Pernambuco foi truculenta, ela desbaratou todo movimento camponês, destruiu, esfacelou e, até hoje, não se sabe o número de vítimas. Era um governo de muita efervescência política, de movimentos populares e isso fez com que a ação dos militares caísse aqui como uma bomba, diferente do sul do Brasil que tinha uma promessa de eleição que o governo militar tinha segurado”, afirmou Rita. A conselheira lembrou que o golpe atingiu a sociedade pernambucana toda e que isso não está identificado e deve ser contado. Atualmente, o Memorial da Anistia Política tem um acervo de 74 mil requerimentos.
Manoel Moraes, conselheiro das duas comissões representadas, lembrou que a Comissão da Verdade Dom Helder Câmara encerra os trabalhos em 2016, a Comissão Nacional da Verdade, em dezembro deste ano e que a Comissão de Anistia é um trabalho permanente, por isso a importância da convergência das comissões. Manoel também ressaltou a importância do relatório entregue.
“Esse relatório é um diagnóstico a partir das solicitações dos casos que estamos investigando. Ele nos permite fazer um relatório mais sistemático dos casos que queremos daqui ter acesso a esse material probatório, essa documentação nos ajuda e subsidia nosso relatório final”, concluiu.
Fonte: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/politica/2014/11/11/interna_politica,542193/comissao-da-verdade-estadual-recebe-dados-sobre-51-casos-de-violacao-dos-direitos-humanos.shtml