Após a entrega do relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), que apontou 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura civil-militar, entre 1964 e 1985; dezenas de ativistas do Levante Popular da Juventude realizaram um ato, neste domingo (14), para cobrar justiça e punição aos responsáveis, além de exigir a desmilitarização da polícia militar.
Acompanhados pela batucada, os ativistas entoaram músicas e palavras de ordem. A manifestação bloqueou o km 228 da Rodovia Washington Luiz, na altura do viaduto Getúlio Vargas, em São Carlos, e encerrou as atividades do II Acampamento Estadual do movimento, que reuniu jovens de 30 cidades do estado.
Existe uma relação intrínseca entre a impunidade dos torturadores, a violência policial e o sistema político vigente com o processo inacabado de democratização do país. A violência do Estado ditatorial é a mesma que hoje possui em sua estrutura os autos de resistência que é um dos instrumentos que tem justificado o extermínio da juventude pobre, em especial negra, nas periferias das grandes cidades”, aponta o movimento, em nota pública.
Acampamento
Movimento social nacionalizado desde 2012, em São Paulo, o Levante Popular da Juventude reuniu cerca de 500 jovens. Os participantes debateram os temas que fizeram parte de sua atuação política nos últimos 2 anos, com ênfase na reivindicação pela reforma política e na luta por Memória, Verdade e Justiça em relação aos crimes cometidos na Ditadura Militar.
Fonte: fonte: http://brasildefato.com.br/node/30811